14 de março de 2025
Culturas de aprendizado fortes estão correlacionadas com o crescimento empresarial. Por quê?
Insights do Relatório de Maturidade da EF Corporate Learning | Edição 2025
14 de março de 2025
Insights do Relatório de Maturidade da EF Corporate Learning | Edição 2025
Nosso estudo apontou que as empresas que priorizam suas culturas organizacionais, especialmente no que diz respeito ao aprendizado, estão prosperando. Por que a correlação entre o sucesso empresarial e a cultura organizacional é tão forte?
Os identificadores de uma cultura organizacional "forte" variam de empresa para empresa, especialmente quando estão relacionados a aprendizado e desenvolvimento. Como você identifica o que define a cultura organizacional na sua empresa?
"Para que nossos programas permitam que as pessoas cresçam, não pode ser apenas aprendizado. É preciso conectar os pontos. Você realmente precisa socializar o aprendizado e ser parte de uma comunidade. É necessário ser capaz de colocar isso em prática no trabalho, e você precisa aprender no trabalho. E isso evoluiu de uma maneira que agora faz parte da nossa cultura de aprendizado."
Em uma cultura corporativa de aprendizado, o desenvolvimento dos colaboradores é incentivado, facilitado e apoiado em todos os níveis da empresa. Isso inclui iniciativas de treinamento, como programas de aprendizado de idiomas, mas vai além, abrangendo políticas de comunicação aberta e feedback, assim como uma mentalidade de crescimento tanto para os indivíduos quanto para a empresa como um todo.
Os diretores e gerentes são os porta-vozes e também responsáveis pela cultura da empresa, mas a responsabilidade não para por aí. Cada colaborador deve ser integrado à cultura de aprendizado, garantindo que esteja comprometido com o seu próprio desenvolvimento e estabelecendo metas para seu crescimento pessoal. Como parte dessa jornada, os gerentes devem ser treinados para identificar oportunidades de crescimento nas pessoas do seu time e incentivá-las a continuar se desenvolvendo. Ou seja, os gerentes de RH têm o papel importante de cultivar a cultura de aprendizado.
O benefício de oferecer programas de treinamento aos colaboradores é claro; colaboradores qualificados são o maior ativo para o sucesso de qualquer empresa. Mas como isso se relaciona com a cultura organizacional?
De acordo com uma pesquisa recente que realizamos com 1300 profissionais de RH, a cultura organizacional não é apenas vital para o sucesso das iniciativas de aprendizado e desenvolvimento, mas também está estreitamente ligada ao cumprimento dos objetivos gerais de negócios.
O Modelo de Maturidade do Aprendizado Corporativo da EF, que mede o nível de desenvolvimento dos programas de idiomas corporativos, usa a cultura organizacional como um indicador-chave da probabilidade de sucesso desses programas. Isso é feito avaliando o quão integrados os programas de treinamento de idiomas estão na cultura da empresa, assim como seu papel no desempenho e nos objetivos gerais de negócios – programas altamente “maduros” demonstram as correlações mais fortes. Isso acontece porque o sucesso de qualquer programa de treinamento depende do compromisso da empresa em entregá-lo de maneira eficaz em toda a organização, o que exige estratégias ativas de engajamento e o cultivo de uma mentalidade voltada para o crescimento.
De fato, as maiores empresas pesquisadas, em termos de número de funcionários e receita, ocupam as posições mais altas nesses indicadores de cultura organizacional. Isso sugere que uma cultura forte de aprendizado é mais vital para os negócios à medida que eles crescem.
Programas maduros, além de influenciarem a cultura de aprendizado de uma empresa, também se correlacionam com uma cultura organizacional positiva. Além disso, 0% das empresas com programas de alta ou muito alta maturidade responderam que não priorizavam a cultura organizacional.
Esse enfoque na cultura organizacional tem um impacto significativo no bem-estar dos colaboradores, proporcionando-lhes um senso de segurança e percepção de valor maior em sua jornada profissional. O engajamento dos colaboradores é, portanto, muito maior em empresas com programas com alta maturidade do que em programas com baixa maturidade (92% contra 38%, respectivamente). Isso explica por que apenas 1% das empresas com programas de idiomas altamente desenvolvidos experimentaram uma redução no número de funcionários no último ano, enquanto 91% vivenciaram um aumento. Em outras palavras, uma cultura de aprendizado se correlaciona fortemente com a retenção e o crescimento dos colaboradores.
Enquanto isso, uma cultura de aprendizado também capacita as empresas a enfrentar desafios maiores, preparando as pessoas para o futuro. Por isso, 90% das organizações com programas de idiomas maduros investem ativamente em P&D, contra apenas 1/3 nas empresas com níveis de maturidade mais baixos. Da mesma forma, 85% dos programas de maturidade muito alta estão presentes em empresas que se expandiram para 2 ou mais novos mercados nos últimos 24 meses, contra 39% das empresas com baixa maturidade. Uma mentalidade de crescimento, impulsionada por uma cultura de aprendizado, é, portanto, crucial no desenvolvimento de profissionais capazes de impulsionar a inovação e enfrentar com sucesso o desafio da expansão de mercado.
Muito frequentemente, cabe aos departamentos de RH dar os primeiros passos no desenvolvimento de um ambiente propício para aprendizagem corporativa. Grandes empresas são construídas tanto com base nas pessoas quanto nos produtos ou serviços, o que coloca as necessidades dos colaboradores como prioridade no alcance do sucesso nos negócios.
Este novo relatório comprova que o aprendizado tem um impacto significativo na atração de talentos e na experiência dos funcionários, e que isso se torna cada vez mais verdade à medida que a empresa cresce. Isso coloca o RH no epicentro de uma grande oportunidade: a de influenciar positivamente o crescimento dos funcionários e dos negócios por meio de uma cultura de aprendizagem. E lembre-se: oferecer iniciativas de aprendizagem é apenas o primeiro passo; é a cultura que dá vida ao aprendizado.
"Estamos pensando nas necessidades do negócio. Necessidades do cargo. Necessidades de engajamento. Necessidades culturais. Necessidades de conexão. Este é o escopo completo no qual estamos operando. [...] Apenas oferecer um programa de treinamento não é suficiente. É preciso realmente pensar em um quadro maior de por que, o que e como tudo isso se conecta."
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